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terça-feira, maio 30, 2006
Depois da chuva
A única coisa boa que veio do dilúvio ocorrido ontem e hoje em porto alegre foi que o restaurante universitário estava sem luz pela manhã e não serviu almoço, me obrigando a comer num restaurante de verdade.
Paguei o equivalente a nove almoços no RU, mas valeu cada um deles. Eu comi picanha com queijo provolone. Suco de laranja, de verdade.


O resto da chuva só deixou roupas molhadas e distâncias maiores.

For tomorrow may rain, so
I'll Follow the Sun



PS:Tenho uma pedra a menos nos rins. A outra marquei pra sábado. Elas crescem tão rápido, quando tu vê já estão saindo de casa...
 
posted by Chando, Lucas at 12:16 PM | Permalink |
sábado, maio 27, 2006
Bonita.
 
posted by Chando, Lucas at 8:37 PM | Permalink |
segunda-feira, maio 22, 2006
Rins em gramado.
Não postei aqui nesses tempos. Tive pedras nos rins. Uma no direito, outra no esquero. Quinta-feira fiz uma cirurgia para ver se explodia uma das pedras, depois de ter ido na quarta à noite ao show do Cordel do fogo encantado, algo ótimo. Era pra explodir a que estava na trompa, quase na bexiga, do lado esquerdo. Tudo indica que não explodiu, porque ainda não saiu nada na urina. Assunto divertido não? Por isso eu não postei. A do lado direito ainta ta no rin direito, acho que continua lá até eu me livrar da do lado esquerdo, depois veremos se explodimos ela (mas daí provavelmente ela vai ter descido já e vai estar me dando dor, médicos idiotas). A dor dessas cólicas é realmente um parto. Tou tomando um remédio cavalo pra não ter cólicas, mas elas são realmente monstruosas se vem, é impossível dormir ou fazer qualquer coisa. já estou a duas semanas com essas pedras doendo as vezes, no mínimo.

Mas então. No fim de semana fui a gramado, dar um passeio. Muito bom, curtir um frio, comer, espreguiçar, comprar coisas, comer mais, mais preguiça. Comprei um poncho, uma boina de velho e algumas outras coisas. Sou realmente um velho. Tomei um ótimo café, comi fondue (de queijo, carne e chocolate, em seqüência) até estourar e fiquei jiboiando depois disso. Comi da melhor massa de gramado, fiquei num ótimo hotel, aquela coisa toda. Só não pude beber nenhum vinho, devido aos remédios.
Foi bom.


Tem Zap no Lapenna.
Em breve voltaremos com nossa programação normal.
 
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quarta-feira, maio 17, 2006
Qual é o certo afinal?
O mau samaritano - Murilo Mendes

Quantas vezes tenho passado perto de um doente,
Perto de um louco, de um triste, de um miserável,
Sem lhes dar uma palavra de consolo.
Eu bem sei que minha vida é ligada à dos outros,
Que outros precisam de mim que preciso de Deus
Quantas criaturas terão esperado de mim
Apenas um olhar – que eu recusei.


Fico estranhando essas coisas. Isso é, passo por alguém na rua com um braço só, numa cadeira de rodas com pernas tortas ou algum doente mental e não sei nunca como devo prosseguir. Olhar pra eles normalmente, como olharia para qualquer um na rua? Recusar-me a olhar? Olhar com pena? Um olhar enternecido?

E se ele não quiser ser olhado com pena ou mesmo ternura? Se ele não quiser ninguém olhando pra ele e pensando "Tadinho..." e suspirando logo em seguida. Ele, o doente mental ou o aleijado, pode querer muito bem ser ignorado por mim, tendo certeza que já ha pessoas demais olhando para ele como um coitado. Muitas vezes ele vai querer um olhar desses, vai precisar. Mas de cada estranho que passa na rua? Toda vez?
Claro que quando ele vai querer que lhe olhem depende de cada ele em particular. E tenho certeza que não vai querer que um velho gordo com bafo d cachaça olhe para ele "enternecido". Nesse caso ele que deveria ter pena do velho gambá, mas mantenhamos o foco.
Os loucos, tristes os miseráveis, dou-lhes palavras ou olhares de consolo, dentro do meu possível e do meu humor. Mas dos doentes e aleijados, que devo eu fazer?

Pelo menos com os cegos eu não tenho dúvida de como proceder. Visto que nunca verão, duvido muito que venham a reprovar o jeito que eu olho ou deixo de olhar pra eles. As palavras e alguns gestos lhes bastam.
 
posted by Chando, Lucas at 12:59 PM | Permalink |
segunda-feira, maio 15, 2006
...
 
posted by Chando, Lucas at 2:15 PM | Permalink |
quarta-feira, maio 10, 2006
Hoje tirei as calças quando uma mulher bonita me mandou.
Tudo começou com uma dorzinha terça de madrugada. Durmo uma hora e sou acordado para sair de casa, atrasadíssimo, não me incomodo de ir ao primeiro período de poesia. Vejo que não vai dar tempo pro segundo e só para os de grego. Aí a dor vem com tudo. Sofro um bocado e pego a bolsa térmica. Água quente e fico paradinho. Não melhora muito. Um naldecon e volto pra cama com a bolsa. Passa depois que acordo as três da tarde.
Durmo na noite de terça na casa da minha mãe, dormi das dez à uma e não dormi mais. Acordei com dor. Li uns três capítulos de "O retrato de Dorian Gray". Passei a noite com gemidinhos, e não eram de prazer. Minha mãe me deu uma bolsa de água quente. Não adiantou. Dormi mais uma hora enquanto ela ia embora.
Acordei urrando. Sério, parecia um leão. Um leão intimidado e todo esculhambado, mas ainda assim parecia. Tomei cataflan e não adiantou. Deixei o chuveiro onde diz "ferver a mãe" correndo água por uma meia hora direto na parte do lombo (sim, eu sou um porco) que doía. Não adiantou. Nada adiantou. Despilhei-me de comer o que haia na mesa, estava com muita dor. Ainda faltava muito pro meu horário de aula e estva em dúvida entre passar numa farmácia e pedir gritando por algo que derrube cavalos ou ir no hospital. Então me decidi por ir até a frente do cursinho do Gustavo e do Richard para tomar um café, pois eles provavelmente não assistiriam aula no primeiro.
Cheguei cedo, e voltei pra casa de minha mãe para pegar o celular, supostamente esquecido. Encontrei-o na mochila depois de estar la dentro. No meio do caminho tinha uma pedra. Não! No meio do caminho encontrei o Gustavo e a Juh, indo para o café. A dor tinha diminuído quando botei a roupa, esqueci de mencionar. Ou eu tinha me distraido um pouco, ma ela continuava insuportável, embora eu suportasse. O que não faz muito sentido, eu sei. Tomamos café e a senhorita respeitável acima me fez cara de mamãe braba e mandou ver se tinha a carteirinha do convênio na minha mochila. Tinha. O Richard me assustou dizendo que podia ser pneumonia se fosse nos dois lados do lombo, como era só em um podia ser cálculo renal. E se todo mundo roda em cálculo, imagina eu, que faço filosofia.
Infame, eu sei.
Continuando, pra chegar na parte picante da história. Fui a minha psicóloga depois de dois cafés bem tomados com a agradável companhia. Não, não foi ela que me quis sem calças. Depois de tudo ela me levou perto de um consultório aonde ela ia e levava a filha, ela tem uma filha de uns três ou nove anos que é um amor de criança, pelo que ouço.
Chego lá e sou atendido, espero três horas, como de costume nesses lugares, e vejo um traumatologista. Confesso que não gostei dele. Ele me encarou como paciente qualquer padrão número 285, e não como pessoa. Tem aqueles médicos (raros) que te olham nos olhos e perguntam as coisas, interessados. Esse não, tri médico. "Talvez seja uma torção, quanto tempo tu estás com isso aqui desse jeito mesmo? Dois dias! Mas isso está um tijolo!" Foi quase isso que ele disse quando tocou. Fui fazer um raio x pra confirmar que não tinha nenhum cálculo ou fratura. Vai saber né?
Então, foi aí! Ela mandou tirar a roupa e por um daqueles aventaizinhos azuis pra fazer o raio-x. "A calça também?" Sim, ela me explicou que tinha botão e zíper. Eu sabia que tinha botão e zíper, conheço as calças que eu uso. O que eu não sabia era que eles atrapalhavam num xerox (não tiro da cabeça que aquilo é um xerox da gente, às vezes ainda falo, quando esqueço o outro nome). E então eu fiquei de cuecas ,ainda bem que eram bonitas, azuis, e botei o aventalzinho. Era fechado atrás, pelo menos. Se eu estivesse num hospital de verdade, internado, ia adorar desfilar pelos corredores com o bumbum a mostra. mesmo. E com os badalos soltos. Sim, sou louco.
Então eu fiz o xerox e tava tudo certo. me deram uma injeção na bunda para parar a dor(que não adiantou) e um remédio para tomar uma vez ao dia, bom pra cavalos acho, que também não adiantou muito. Tenho dor nesse exato momento. No lombo e na bunda, porque a enfermeira não deu a injeção muito bem. Não era a mesma bonita que me mandou tirar a roupa, era outra. Bem velha e sem graça. Eu gosto de mulheres mais velhas, mas com a idade da vó é demais sabe.

E depois de tudo isso eu dei um susto num palhaço que passava no meio da rua (daqueles de nariz vermelho, tinha que ver a cara dele). Eu disse "Buh!". Mesmo. Depis vi um anão que tinha uma cabeça pequena e imaginei ele saindo diretamente do muppets show. maldade eu sei, mas parecia. E almocei. E vi "Seven". O filminho aquele. Ele ganho no final, é muito bom! Há, contei. E deixei a Juh sem entender nada. E vi o jogo, comendo pizza, do Inter perdendo de 2x1. Não que eu goste, foi só pra tar ali com o pai. Eu me pilho de ficar reclamando de tudo durante o jogo, chingando todos jogadores, de ambos os times, de idiotas, bem como os narradores imbecis, redundantes. Pareço uma senhora vendo novela.

Agora vamos lá, todo mundo gritando comigo: Ah, eu to maluco!

Up Date.
La Penna Atualizado. Mas bem que todos podiam olhar ali do lado e ver por si só.
 
posted by Chando, Lucas at 10:33 PM | Permalink |
domingo, maio 07, 2006
Festa de reencontro.
Estranho reencontrar os colegas do terceiro ano. Pensava que talvez depois que acabassem o colégio eles fossem mudar alguma coisa, o mínimo que fosse. Estão exatamente iguais.

Um sábado de manhã, depois de varar a noite com alguns amigos, esperando um ônibus. Uma hora na rua esperando o ônibus. Sorte ter mp3 player. Ligo no máximo, seguro os fones pra não cair e grito e danço ao som de mutantes. Absolutamente sozinho. Não tão absolutamente. Uma cobe passou entregando jornais. Um taxista tinha o ponto na frente do hotel e o guarda ou recepcionista do hotel podia me ver, lá de dentro. Alguns carros passaram, uns olharam, buzinaram, diminuiram a velocidade. Um cara estranho chegou na parada. Me deu a "dica" que se alguém fosse me assaltar eu corresse pro hotel. Que não é bem um hotel. Ele foi embora falando no celular, ao invés de esperar o ônibus por mais tempo. Acabou a bateria tocador de músicas, fiquei no silêncio um pouco. Chegou o ônibus, o cara estranho aparece correndo sei-lá-de-onde pra pegar o ônibus comigo. Chingando. "Vou pra casa mesmo, blá blá blá, aquele filho da puta tá comendo minha irmã".

Mais tarde, na festa, com suspensórios e uma garrafa de vinho que levei, sou abordado por uma ex-colega. "Vem cá, era tu que tava hoje as cinco e meia da manhã numa parada dançando que nem um louco?"

Os momentos bons da vida.
 
posted by Chando, Lucas at 9:16 PM | Permalink |
quinta-feira, maio 04, 2006
Provas.
Começaram as minhas provas de faculdade. Coisa bacana, as provas são apenas uma questão sobre a qual dissertamos. Gosto assim.
Prova de Introdução A Filosofia: "Foram apresentadas em aula duas concepções acerca do objeto próprio da filosofia. Apresente, de forma sucinta, os aspectos cconvergentes e divergentes dessas concepções."
Prova de História da Filosofia Greco-Romana:"Apresente o paradoxo do falso e sua função no diálogo "Sofista"."
Pomposo né? Mas foi fácil. Não digo que eu tenha ido muito bem, mas que foi fácil foi. Na de história fui bem eu creio. Teve de poesia também. Não faço a mínima idéia de como fui, mas descubro segunda. Já tive dois trabalhos, apenas um entreguei, o outro deu preguiça de fazer (bem facinho, sobre o mito da caverna). E até o fim do mês tenho ainda mais provas de lógica e de grego.


Estava eu a voltar para casa, saindo da casa de um amigo Felipe, há uma quadra da "rua grande" onde pegaria o ônibus. heis que ouço um som, distante. "Será?", penso. passam dois carros pela entrada da rua indo na direção contrária. O barulho continua o mesmo, mas parece se aproximando. "Se eu perder um ônibus, vai valer mais ir para casa de expreço canelinha...Mas será que é?". Corro. Drobando a esquina vejo o ônibus a uns 5 metros da parada. Corro até a parada acenando, o ônibus para, eu subo, bem faceiro. Dois ou três passageiros me olham estranho, meio que rindo ou outra coisa. Entrego a passagem, passo a roleta e me sento. "Será que eles olhavam por terem me visto correndo alucinado?". O ônibus chega na minha parada, deço. Caminho meia quadra e sinto um frio estranho. Dentro da calça. "Claro, agora tudo faz sentido.". O ziper. O ziper abriu quando eu corri. A calça era preta, e a roupa de baixo nada discreta. Mas foi um bom dia frio.
 
posted by Chando, Lucas at 10:38 PM | Permalink |
quarta-feira, maio 03, 2006
Just to be
Hoje eu ia postar algo sobre todos os problemas do mundo, o meu joelho direito que dói, a Bolívia e o fato de eu não ser ainda laranja com listras pretas. E então ia dizer alguma besteira sobre ter texto antigo do Sugira postado no La Penna.

Mas sabe, alguns já leram o texto, que nem é muito bom, embora eu tenha um carinho especial por ele. E tem muita coisa boa por aí. Tem blogs novos na coluna da direita. Então o post é só pra dizer pra todos darem uma passadinha no Apenas ser, ou Just to be. A Ju, com agá, escreve lá e o último texto, Tu falas, ta matando cachorro a grito.

digam "oink" pra ela.
 
posted by Chando, Lucas at 12:52 AM | Permalink |
segunda-feira, maio 01, 2006
Ainda somos os mesmos, e vivemos.
Meu pai faz três vezes quinze anos amanhã. Um guri. Meu avô passa dos muitos, com sete pontes de safena. Uma criança. Eu ainda tenho espinhas e a barba ainda não cresceu completamente. Um velho.
É incrível como somos parecidos. Não só fisicamente. Nas piadas sem graça, nos trejeitos imbecis e bobos. Nos olhos arregalados, nas caras estapafúrdias. No gosto por vinho, por comida boa. Os prazeres da mesa sempre foram os melhores, eu digo. Os da cama são ótimos, mas ainda considero o mais gostoso dos pecados capitais a Gula. Discuto às vezes com meu pai sobre isso, insisto em mostrar que ela é o melhor pecado. Mas deixemos o post sobre pecados para outro dia, eu falava das três gerações.
Eu gosto de física, meu pai gostava. Ainda vou fazer uma cadeira na faculdade. Por esporte. Não pago mesmo. Meu avô foi chefe barra motherfucker barra fodão barra mandante barra coordenador da faculdade de engenharia. Figura. Sempre tem uns causos legais. Dois já viraram história minha, descaradamente. Estão no La Penna, Arnaldo no mercado e Pulinhos. Aliás, a família deu pra ler o La Penna agora. Falaram disso a pouco, lá na sala. Estão gostando. Meu avô disse que ainda vou "dar um banho no Luis Fernando Veríssimo" com minhas crônicas. Adoro o jeito como esse meu vô elogia. Ele elogia muito bem. E sempre. Sempre tem algo a ser elogiado, seja o cabelo, o sapato, o vestido, a gravata, o texto, a foto tirada, o bolo feito. Sempre. E é sincero também. Acho, na maioria das vezes. Ainda vou elogiar que nem ele. Não duvido que fique igualzinho a ambos, em muitas coisas. Talvez um pouco mais pervertido.
Meu pai adora números. Culpa dele eu tabém gostar, embora não vá fazer nada de engenharia ou outro. Já pensei em economia com bastante carinho, ainda que seja um segredo. É uma das paixões dele também. Culpa dele também meu gosto por xadrez e sinuca (e minha habilidade). No carteado nem tanto... Lembro de quando nós jogávamos tetris na rede. Certo que vou ficar barbudo e barrigudinho tal qual ambos. E meu filho também. Gerações e gerações. Tem coisas que nunca mudam.
Digam "Upá tererê" para o meu pai.

 
posted by Chando, Lucas at 4:14 PM | Permalink |