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quinta-feira, setembro 18, 2008
um ano em 1000 palavras.
Faz um ano e um pouco mais que não posto no blog, e ele já estava atirado às traças antes disso, o suficiente para fazer com que ele seja considerado algo mais que extinto. No entanto, vou tentar comentar um pouco desse tempo. Há um ano atrás eu cheguei a escrever um post-rascunho, mas não cheguei a postar. Naquela época eu estava procurando emprego e tinha sido selecionado pra uma etapa de treinamento. Oquei, por partes.
Primeiro, meu pai recebeu um promoção e foi morar em SP, levou a família (menos eu) e tudo mais. Tendo desejo de continuar em Poa, minhas opções eram trabalhar para me sustentar, ou morar com a mãe ou avós.
Acabei conseguindo um emprego na segunda tentativa, e fui selecionado para um treinamento para garçom. Tinham três e os dois melhores ficariam, eu fui o melhor e trabalhei lá por cinco meses e meio. Parei de trabalhar em janeiro. Foi uma experiência maravilhosa esses meses, com muita gente legal, um bistrô bacana de trabalhar mesmo. Quando sai, era um pseudo-gerente, pelo menos no meu ponto de vista, fazendo o lugar funcionar e treinando os novos funcionários. Foi batata.
Entretanto, trabalhar oito horas por dia num vai-e-vem foi extremamente cansativo, e não consegui me preparar direito pro vestibular (essa é minha história e não abro mão dela). Não consegui fazer média para passar em primeiro lugar no cinema da pucrs, o que não foi de todo mal pois não tenho mais tanta vontade de cursar. Nas provas da UFRGS, fiz média para passar bem em letras, mas fui cortado devido às cotas para alunos de escolas públicas. (eram cento e trinta e poucas vagas e eu passei em noventa e algo) Foi a primeira vez que teve as cotas nessa percentagem eu acho (ou a primeira vez que eu fiz vestibular com cotas) e muita gente ficou reclamando e batendo o pé, entrando na justiça e tudo mais. Pra mim, é besteira. Todo mundo concordou com as cotas no momento que aceita todas as regras do vestibular da federal ao se inscrever nele. Eu podia ter ido melhor, não fosse trabalhar no bistrô das 16h a meia-noite/2h, indo dormir às 3h e acordando às 6h pra ir fazer prova até às 12h. Olhando em retrospectiva, devia ter saído do trabalho antes.
Então veio fevereiro. Um grande mês com dias a menos. Fomos pra SP visitar a família. Eu, minha namorada laila, o gusta como le gusta e a natália que usa saia. Uma belezura de viagem. Pena que não deu pra ver tudo nem todo mundo de lá.
Durante o ano fiz algumas cadeiras de letras, as quais me matriculei pelo curso de filosofia. e faltei muitas aulas, antes e agora.
Enquanto trabalhava ainda, uma jornalista e uma editora se interessaram por um material escrito meu, me apoiaram e tudo mais. Eu pensei que podia sair de lá com um livro lançado, mas nada aconteceu e só me mandaram me inscrever num concurso. E um que eu nem podia me inscrever devido às exigências. Mas tudo bem, um dia quem sabe procuro elas novamente.
A questão é:não tou realmente pronto pra lançar um livro. Pelamordedeus, eu não escrevo nada que preste desde o ventilador e não faço muito mais coisas também. Embora tenha feito múltiplos vestibulares para diferentes cursos, esteja inscrito em filô e cursando cadeiras de outros cursos, eu não faço a menor idéia de que curso eu queira fazer. E isso é tão comum, tão banal, que chega a ser chato.
Tive meia dúzia de pedras nos rins nos últimos meses também. Tenho duas nesse instante (e mais uns farelos pequenos ou fragmentos soltos). Plano de saúde é uma coisa horrível. Preferia ter dinheiro pra pagar tudo em cash, como ia ser mais rápido. Tenho mais uma nefrolitotripsia (tradução: laser nos rins enquanto durmo) pra fazer, e ia ser esses dias, mas o plano de saúde plano de saúde complicou tudo.
Eu mandei o pedido para ser autorizado aqui em poa. Eles mandam pra SP. Lá, eles contestam e querem um laudo médico e querem o laudo da minha última ecografia. Eles dizem isso pra UNIMED poa, e eu fico sabendo disso no dia do procedimento, depois de muito telefonar pra lá. Conseguimos tudo e mandamos para SP. Eles contestam de novo pois eu fiz o mesmo procedimento faz pouco e no fim é preciso mandar um novo laudo médico dizendo que é um novo procedimento e não uma reaplicação (WTF?). Mandamos isso dez minutos antes do meu horário marcado no hospital e finalmente conseguimos a autorização. Quando?
a) na hora, tudo muito rápido, e eu fiz o procedimento!
b) um pouco depois, mas a tempo de fazer o procedimento. Só não aconteceu devido a invasão de dinossauros radioativos no hospital, deixando como únicos sobreviventes a moça que estava atrás da parede de chumbo do raio-x e eu (que agora tenho super-poderes e posso me transformar em qualquer animal que ja tenha sido extinto, e estou bem pertinho de me transformar um lobo-guará ou mico-leão-dourado, mas por enquanto escrevo como um tricerátops)
c) consegui a autorização, depois de mais uma hora e pouco no telefone, logo após o meu médico ser obrigado a liberar a sala de cirurgia para outro médico com outro paciente.

Infelizmente para todos os fãs de super-heróis com poderes estranhos saindo dos quadrinhos, a alternativa correta era a 'c', e eu vou ter que marcar outra data para o procedimento.



Agora.
Entrei em um estado completamente monótono de vida. Uma apatia absoluta, passei um tempão assim. Agora estou tentando sacudir a poeira, limpar a prateleira, não ter caganeira e dar a volta por cima.
Minha drasta Andrea está em Poa com a minha irmã, Sofia. Vi elas a pouco, e quero ver sempre. Criança é uma coisa tão boa, mas tão boa, que penso em roubar umas cinco por um mês e depois devolver, só pra sentir o gostinho de ter as minhas. Mas enfim, a Sofia tem quase dois anos, fala bem embora não possa ter diálogos sobre a origem das coisas e do universo, ela fala "mano" que é uma beleza.
(quando ela falava em uma língua própria de gemidos, sinais e barulhos risonhos, dai sim dava pra elaborar incríveis teses de conhecimento físico-astronômico. Temo que o português seja muito primitivo para minha irmã, e que todo aquele conhecimento não-traduzido seja perdido devido ao amadurecimento dela. Maldita biologia! Eles crescem tão depressa!).
Moro sozinho num JK bacana, com aluguel razoável e meia dúzia de móveis. Comprei gás esses dias. Sim, vai fazer um ano que moro aqui e não tinha gás até a semana passada. Ainda falta comprar um sofá e uma mesa de jantar com algumas cadeiras, pra ter mais lugar pra sentar. Normalmente eu como na mesa do PC mesmo. Tenho prateleiras com livros, som bacana com caixas grandes, cama, roupeiro, pia na cozinha e no banheiro (e um taque na área de serviço!), chuveiro (que ainda não consegui instalar direito, sempre queima algo), geladeira fogão e gás! Passo boa parte dos dias na casa da minha namorada então não tem necessidade de muita coisa. Eu tenho uma TV até, mas ela não é muito fã de ficar ligada.
Agora vou lavar as panelas e fazer algo com bacon.


Muitas batatas a todos.



ps: pra quem não contou, foram 1215 palávras.
 
posted by Chando, Lucas at 2:57 PM | Permalink |