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quarta-feira, junho 08, 2005
Ando meio desligado, sabe?

Olá.
Desculpe o atraso, tenho andado distraído, impaciente e sem Internet. Logo, creio que amanhã, estarei mandando e-mails, entrando no MSN e o raio a quatro. Hoje estou cansado. Meu excelente fim-de-semana consumiu muito de minhas reservas de ATP. Preciso dormir e comer mais para estar em forma, ou gordo.
Tive um bom, porém não excelente, início de seminário de literatura sobre autores gaúchos. Vou ter mais três terças-mercado as tardinhas ouvindo o Bondan. Gosto dele, mas perdeu um pouco da graça, a aula dele me emocionava mais que o seminário.
Minhas provas acabaram, incluindo a devida recuperação de redação (por falta de tempo para entregar/fazer as benditas redações) e português (porque eu sou um inútil que não sabe ebrefer masueoto bene).Eu fui um ignóbil pegando isso, mesmo.
Não sei de shows da minha banda. Talvez sábado no coruja, talvez quinta que vem no Arsenal. Até lá eu aviso.
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Estava com fome. Como de costume, não tinha nada
pronto. Estava cansado demais para cozinhar, pois não havia antes comido direito. Agora provavelmente não comeria direito e não teria vontade de cozinhar mais tarde. Perfeita roda, de duas pontas.
Comeu um sanduíche. Não sabia que sanduíches poderiam ser tão bons. Aquele fora. Não tinha nada demais, até porque ele não queria nada demais, daria trabalho, apenas presunto, queijo, pão. Pensou na simplicidade daquilo como algo fantástico. Imaginou quem fora o gênio. Uma vez lhe disseram que fora um lorde de um lugar distante, o qual não se lembrava o nome, que inventou isso ao botar a carne comida entre duas fatias de pão para não sujar as cartas enquanto jogava pôquer. Não sabia se era verdade. E sempre achou que sujaria as cartas do mesmo jeito.
Simplicidade era algo que ele não tinha, por mais que corresse atrás. Nada podia ser simples. 'A vida é simples, agente que complica ela', lhe dizia um amigo, metido a entendido. Sua alimentação, suas saídas, suas festas, seus textos, suas idéias. Eram simples, mas ele acabará de dizer que não. Não se sabe porque, mas disse.
Estranho como tudo isso era tão simples quando olhado de fora. Fica muito mais fácil do que viver e realmente viver aquilo tudo. Depois que ele passou a ver tudo como se estivesse de fora, ficou muito, mas muito, mais simples. Tudo. Até mesmo as decisões mais importantes de sua vida, como que profissão seguir ou usar cueca boxer ou zorba. Sempre gostou mais da boxer. Era tudo muito simples. Mas havia um porém...
Seus relacionamentos nunca haviam sido simples. Tiveram grandes complicações, ou nem tão grandes, todos eles. Não que tivesse tido muitos, mas enfim. Pensou que talvez as complicações de todos os relacionamentos fossem culpas dos outros lados relacionados, mas após uma curta reflexão percebeu que se podia haver alguma culpa por complicação do relacionamento, essa certamente pertenceria a ele. Teve uma luz.
Percebeu o erro fatal no raciocínio. O que deixava todo o resto tão simples era, puro e simplesmente, o fato de olhar de fora. Mas ele não poderia de forma alguma olhar de fora um relacionamento, pois não estaria vivendo-o da forma mais intensa, a forma que ele sempre quis os seus relacionamentos, todos, embora não muitos fossem. Posto os simples, foram os que não foram relacionamentos em si, sim pequenas relações, de importância duvidosa para ele, foi confirmada a teoria. Não era capaz de ter relacionamentos simples, pois estes não poderiam ser entusiasmantes. Surge ai outro problema.
Todas as suas pretensões, buscas, não poderiam ser simples. Ele sempre as quis, todas, intensamente. Tamanha a intensidade desejada que, abriu mão da simplicidade graciosa que poderia ter para poder ter sua vida intensa como lhe gostava. Estava feito, e ele optou para a afirmativa. Ainda parece, aos que vêem de fora que é simples, mas não é. A vida dele não era simples. Nem um pouco, nem um muito. Nada podia ser simples. Nada, podia ser simples. O nada era simples. Simplesmente nada. Mas se até o vácuo é vácuo, então nada não existia, logo o Nada podia ser simples, uma vez que ele não existia e nada que existisse podia ser simples. E ele apenas fez repetir o lanche e a frase. Nada podia ser simples.
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cara, que teto.
de madeira.
Rock'n'roll.
roquenrou?
rock errou?
errou feio.
na luta?
o boxeador?
dor?
na boxer?
por baixo dela.
comum.
é.
cara, que teto.
 
posted by Chando, Lucas at 12:51 AM | Permalink |