!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Transitional//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-transitional.dtd"> Sugira um nome
quinta-feira, novembro 03, 2005
Quer mesmo ler? É grande e inútil...
Querido diário(porque hoje isso quase é um diário, não um blog);
A Casa de Quintana Mário Cultura é maravilhosa. Uma das coisas que eu mais gosto lá é que os banheiros são limpos. Óbvio que não têm PH folha dupla, mas ao menos são limpos. Uma coisa que me intrigou no W.C. foi uma calça de moleton preta, limpa, deixada ali. Talvez para o caso de alguém não conseguir 'chegar a tempo' no troninho depois de uma feijoada com mamão. Enfim.
Muito 'interessante' também foi o homem. Estilo meio acabado, sem um dente, outro amarelo, dois botões da camisa abertos, conhecia o porteiro do andar de baixo. Ele chegou perto de mim, enquanto eu tomava meu sorvete de uva na sacada da CQMC de um geito muito séchí¹, e disse: "Mas que olho bonito hein. Deve fazer muito sucesso..." E eu, do jeito que estava com o sorvete², limitei-me a um "uhum"... Logo em seguida ele se foi e me deixou olhando o movimento. A CQMC é estranha, acontece dessas coisas bizarras.
Ainda no mesmo lugar. O elevador é tão divertido. Eu apertei o 2 e o 3, e veio um homem correndo quando a prota se fechara. Então apertei o AP (abrir porta) no último segundo, e ela abriu a tempo. E ele: "O banheiro é em que andar mesmo?" E eu: "No 2 ou no 3". E ele: "Bah, quando o cara e aperta assim não dá pra aguentar!"... o.O

Mas o que eu não disse é que antes de ir na sigla em itálico eu passei um bom tempo na feira do livro. Tive um orgasmo por lá. Ou quase isso, tinha tanta coisa boa. Gastei tipo 160 pra levar o que valeria uns 300, no mínimo. Pechincha afu! Chego eu: "ô cara, se eu te fizer uma compra de 120 tu me faz por 100 pila?". Sendo que 120 já era todos com disconto. Paguei na hora, em cash, Ele hesitou, ela hesitou, o outro ele também hesitou, mas foi a venda do dia dos três, e a minha compra perfeita. Baita lance, me pilhei afu! Dor nas costas de carregar tudo depois.

Antes ainda eu tomei café com o Richard. Tomei américa, ele tomou outro que eu não lembro o nome, ambos gelados, os cafés. Foi bom, com pãesinhos de queijo. Muito gostoso, e lugar tri bom, no centro. Anteriormente à isso, fui com o mesma rapaz citado acima num alfaiate. "Eu quero um terno preto, com risca de giz em roxo escuro, ou verde", disse. Ali, não saia por menos de r$ 2.500,oo. E eu olhando, jurando que ia comprar um dia...Nem fudendo. Enfim.

A visita ao alfaiate(que era avô da namorada do Richard) aconteceu depois de eu ter ido à oficina de teatro, que voltei a fazer porque agora não há mais aulas na hora da ofi para mim, só o cursinho daqui a três semanas. Peguei o papel principal da nova peça(dando pulinhos de alegria como uma garotinha histérica...). Sou pandora, mas nada a ver com a lenda original da caixa de poandora, embora também tenha uma caixa, mas eu vou entrar nela. É toda músical e tal, mas eu não vou contar ela (pelo menos ainda, vão assistir). No próximo post que cair numa quinta feira eu falo mais sobre a dita. Fiquem curiosos...

Tudo isso sucedeu depois das duas primeiras provas das minhas dez que tenho nos próximos dias. Não, eu não estudo para elas. Pensamento:"Estamos no meio da feira do livro, tu não pensou que eu ia estudar para exames finais, pensou?". nunca olho um livro de aula por mais mais de meia hora. Ou cinco minutos.
Dizem que eu sou irresponsável muitas vezes. Eu também digo. Digo como se me orgulhasse quase, como quando falo disso no blog, para toda a multidão de leitores lerem (ó drama!), mas na real envergonho-me disso. Mas só um pouquinho...

E acabei de perceber que contei a história do meu dia "de trás pra mais trás ainda". Se eu tivesse um diário realmente, seria um caos. E tem mais.

Acordei cedo, sem pestanejar, nem despertador. Acho que o novo remédio me faz acordar cedo, e não me faz dormir. É o segundo ou terceiro dia que acordo as seis e pouco da matina. É automático, sério. Claro, eu poderia me virar e dormir até o meio dia sem muito esforço, mas as provas e tal. O colégio fica a quatro quadras da minha cama, que contam como duas(1º. porque são pequenas e 2º porque são tranquilas e gostosas de caminhas até.Tu nem sente. Falar nisso, eu moro em um Feudo³) e eu cheguei atrasado na prova, que começava as oito. Eles já se acostumaram, me conhecem, depois de três anos chegando SEMPRE as oito e meia. Meu pai disse que no vestibular vai me levar de carro e me deixar dentro da sala, pra eu não perder as provas. Eu não sabia qual era minha turma na hora de preencher o cabeçalho. Esqueci. Tive de perguntar para a colega ao lado: "Mas que porra é essa! Tu é nosso orador!"... Nessas horas eu penso que devia frequentar amis o colégio. E agora eu penso de novo no parágrafo que eu falo da minha irresponsabilidade, do meu orgulho e vergonha por ela e 'tal e coisa e coisa e tal. tchururu ruru.'
Ainda saí com meu paí à tardinha. "répí auer".
Sentamos no lugar perfeito de ipanema, no bar de ipanema, tomando a cerveja que tem a imagem no post(óbviamente em garrafa e na muito mais nova embalagem). O pôr do sol do guaiba, um dos mais bonitos do mundo, estava na nossa frente. Batatas fritas e bolinhos de queijo. Música ao vivo, bossa nova já muito usada. Bem do que eu gosto. "Um gato preto crusou a estrada, passou por debaixo da" minha cadeira e eu dei-lhe algumas batatas fritas. Gatos são os seres mais assemelhados aos seres humanos, pelo menos em egoismo. Intereceiros. Amo-os, justamente por essa semelhança. Disse-me o velho pai, que é um rapazote, que é porque eles foram domesticados muito depois que os cães. "Por isso ainda são selvagens, mesmo em meio urbano" complementei. Ficamos com esse tipo de filosofia de bar. Cerveja, you know. Cheguei em casa. Alcoolizado.

Esse é provavelmente o post mais long da história do Sugira um nome. E eu falei de um único dia, sem detalhes... Talvez eu escreva um livro com isso... Talvez eu escreva um livro sobre um único dia (sei que já fizeram, mais de uma vez)... Talvez eu escreva um livro sobre esse dia. Ou um conto. Isso é quase uma crônica já, transformar em conto não vai ser difícil... Contos podem ser mais sem nexo, me agradam mais. Gosto deles, são mais dinâmicos. Tenho que parar de escrever, meu dedos dõem.


¹:Tomando sorvete sexymente: Boca lambusada como de uma criança, meio babado, mãos melequentas, esse tipo de coisa besta infantil. Fora que eu peguei no ar uma meia bola de sorvete que caiu. Depois fiquei comendo na mão e no cascão o.O
²:Ver " 1"
³:Ipanema é um feudo. lá(aqui) só moram os baixos nobres, e tem verde e tranquilidade. É como se fosse no interior. Eu acordo com os passarinhos agora que acordo em um horário humano. Tem também um galo louco que canta as 2:30, as 3, as 4, as 4:47, as 512 e as 6 e poquinho. Não quis botar as crases, eram muitas. Ipanema só não é mais feudo que o sétimo céu e alguns condom´pinios fechados(esses sim se pucham) mais ao sul. Esses são os feudos da alta nobreza. Não entro lá, nem mesmo nas terras comunais deles. Vai que ainda são belicosos...


OBS: Os erros de português são propositalmente propositais do autor pseudo-bêbado.
 
posted by Chando, Lucas at 10:56 PM | Permalink |