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sexta-feira, setembro 23, 2005
Chegou a primavera...

Primavera chegou, e com ela... a flor amarela.
O imbecil do cabelereiro cortou meu cabelo muito curto. Eu não gostei, a Carol e a Dani gostaram, o resto do mundo que viu nao achou nada bonito... Ficou muito ui, ou auti......... o.O
Os cabelereiros são todos uns loucos surdos. Eu digo"abaixo da orelha, eu quero encurtar só um poquinho". Não é que a primeira coisa que me faz o animal é tascar uma tesoura bem acima da orelha... depois deu eu gritar mando ele continuar o que ja tinha cagado. Pensei que ele nao ia estragar mais... Daí ele corta tudo bem curto, e me diz: Gostou? Ficou logo acima da orelha como tu queria^^
Mas eu queria abaixo! Abaixo! Imbecil... Claro que eu nao chinguei ele até o fim do inferno, mas ele ficou com cara de bunda depois. Ainda me diz "se tu achar que ficou muito cheio tu pode voltar aqui, caso nao tenha gostado, que agente da uma consertada, ta na garantia nessa semana..." e eu pergunto se ele vai implantar meu cabelod e volta se eu voltar lá alguma vez...¬¬
Mas não to aqui pra me queixar e nem sô, apenas um cantor. Eu queria falar mais sobre primavera, mas estou sem ânimo. Um dia dessa primavera ou desse verão ou da próxima primavera eu faço um texto sobre primavera, ou não...
Fora isso, eu também não tenho postado os escritos aqui porque não estou gostando deles, mas devido a pedidos (jura que no plural né...), e realmente eu nao tenho bostado nada meu aqui... cá está um esboço, que eu provavelmente não vou acabar nunca... Fresco ainda.

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Entrando no espelho de novo

Tentou atravessar. Mais um galo na cabeça, mas um espelho quebrado... Algo estava errado.

Cartas, muitas cartas. Ele lembra de ter visto cartas da primeira vez... Ele tinha certeza que havia um sete de ouros ali na sua mão. O homem de cartola bem na frente dele falava bobagens a cada instante, e coisas sem nexo, mas o jogo o era sério... Storquêr, um jogo pouco difundido no mundo antes do espelho. Consistia em conseguir o maior número de cartas sete e bater, mas bem forte, no adversário até conseguir as cartas sete dele... Em um baralho onde as cartas eram apenas de números três, sete, nove e onze. Após horas sem nenhum tomar a iniciativa, o chapeleiro tomou, o chá, e disse: “Como você se concentra com todas essas borboletas passando por aí?”. Ele olhou ao redor e se perdeu fascinado por uma borboleta amarela. Ele já havia visto aquela mesma uma vez, ela era o amarelo, a mata era o verde, o céu era o azul. Era bonito, deu em música, ele disse. O homem do terno lilás acreditou que devia comprar a primeira carta do jogo. Ele comprou. Foi caro, deu uma maçã e três cubos de açúcar a ele. Ele aceitou modestamente, deu dois tapas na mão do capacho do lado que disse “O elefante foi passear no mato”. E lá foi ele em busca do elefante.

Como alguém pode perder um elefante no mato, ele pensou. Caminhou até que encontrou uma fonte azul. Azul de tinta mesmo. Ele tentou beber, mas o gosto da tinta artificial estragou o apetite. Por meio da relva procurou pelo elefante, e pelo sino. O sino era a chave. O gancho da história. Ele estava no quarto quando precisou do sino. A sineta pequena, tocar a sineta. Ele precisava muito. Viu ela voando, junto com algo luminoso. Talvez fosse sininho, ele pensou que fosse muito estúpido para ser isso. A pseudo-sininho entrou no espelho com a sineta, onde a vaca vai, o boi vai atrás. Ele pulou e caiu na cadeira. O cartola, que não canta, disse que ele precisava começar o jogo. Ele disse não, comesse você. Então veio a história do capacho e do elefante... Mais essa agora. Procurar elefante que foi passear no mato...

Achou não um elefante, mas dois camelos. Na índia, compre o que quiser, você paga em elefantes. No meu espelho, em camelos. Pensou como seria fácil convencer o homem de chapéu quando ouviu uma luz. Sim, ouviu. Ela passou zunindo no seu calote, e desviou como um raio de um cipó em trança. Ele viu aquilo e sentiu uma estranha sensação na nuca...

Tentava inutilmente entrar em espelhos quebrava-os... Três dias atrás tinha tentado o mesmo e conseguido. Depois da luz, não mais. Acordou no meio da noite, de pé, de costas para o espelho. Havia saído dali?

 
posted by Chando, Lucas at 11:53 PM | Permalink |
quinta-feira, setembro 22, 2005
Dig sig dig...

Dig com mostarda dia 30 deste mês no dissonante (ex-croco / Plínio Brasil Milano, 75). Sexta, 22horas. Ingreços comigo, agora ou no local, escolham... Nós vamos tocar apenas algumas músicas (e vão nos pagar pra isso, o.O), então não se animem muito... Quero que as gravações cheguem logo. Dinheiro ajuda... Ah é, custa 5 reais.
Já pararam pra pensar que todo mundo que escreve dissonante põe do lado ex-croco. Assim o nome do lugar nunca vai ser dissonante, e sim croco. Porque não botam croco logo de uma vez. Ou então deixem Dissonante(ex-croco) como nome oficial de uma vez... Ficava bonito lá no letreiro.
***
XIII

Leve, leve, muito leve,
Um vento muito leve passa,
E vai-se, sempre muito leve.

E eu não sei o que penso
Nem procuro sabê-lo.
Alberto Caeiro
 
posted by Chando, Lucas at 4:13 PM | Permalink |
segunda-feira, setembro 19, 2005
Tiradas de uma senhora bêbada:
-Mas vocês me dão pileque!
***
-Quem será que inventou O Doce? Deve ter sido uma pessoa muito esperta...
***
-A senhora ja tomou pró-seco?
-Nem sei o que que é?
-Vamos provar?
-Sim! Sim! Sim!
***
-Muito boa sua comida.
-Sai debochado!
 
posted by Chando, Lucas at 1:35 PM | Permalink |
sexta-feira, setembro 16, 2005
Poesia feita em fala

-És amável...

-E amável é teu sorriso

Que ilumina os dias cinzas

De minha vida vazia

E meu olhar

Procura o teu

-E só achas erros meus

-Até no inferno pra ter

Mesmo que só um pouquinho

-O prazer de te ter eterno

-A imagem do amor

-Sem dor, nem pudor

-Pra gravar em minha alma

Como uma tatuagem

-A infinita calma

Que é nadar na tua margem

-E descobrir no meu eu um pouco de ti

-E escolher o melhor caminho

Pra te fazer sorrir

E ver onde eu parei

De fingir não mais sentir

E quando eu me entreguei?

Amor, foi sempre a ti.

-Eu sigo daqui levando na boca o gosto de teus beijos

e na pele o toque suave de teus dedos

Fica com a certeza de que ninguém vai me ter

-E de que eu vou querer

E que o desejo de votar

Continua a ansiar dentro

De onde bate mais forte o coração

-Pode o mundo inteiro te tocar, mas verá...

Que és pra sempre meu cada vez que meu olhar

Cruzar com o teu

-O sereno dói

-Te amar também dói

E a paixão destrói

As estruturas da razão

Melhor viver sem ela

-Quebra elas com martelo, que com certeza é bom

Melhor viver vivo e seguir paixão à razão

-E talvez descobrir q amor é ilusão?

-Ora minha queridinha

Talvez sim, talvez não.

 
posted by Chando, Lucas at 6:14 PM | Permalink |
terça-feira, setembro 13, 2005
O retorno da máquina
Passei um pusta (adoro falar pusta, acho bacana pacas. Pacas também...) tempo sem postar porque o meu computador pifou². Pifou ao quadrado pois ele pifou, foi, voltou, funcionou e minutos depois pifou de novo. Agora ta bom. Tomo um melhoral. Pelo menos por algum tempo.
Hoje fui no Neurologista pela última vez nas próximas seis semanas (exatas, é dia 25 de outuro a cunsulta, pode contar...). Ele meu deu umas boletas para outras coisas que inicialmente não vão ajudar muito para dormir. Ele tem esperanças que isso baste em um tempo(seis semanas) mas se não resolver ele me dá boletas específicas para fazer rinoceronte dormir.
Agora vos ponho um texto do Volt. É joinha e curtinho pra escrever, daí me prestei...
Depois posto algo, ou não...
(sem falar que é bacana pacas mesmo o texto)
-
HISTÓRIA DE UM BRÂMANE

Encontrei nas minhas viagens um velho brâmane, homem bastante sábio, cheio de espírito e erudição;. de resto, era rico, e por isso mesmo ainda mais sábio; pois, como nada lhe faltasse, não tinha necessidade de enganar a ninguém. Seu lar era muito bem governado por três belas mulheres que porfiavam em agradar-lhe; e, quando não se divertia com elas, ocupava-se em filosofar.
Perto de sua casa, que era bonita, bem ornamentada e cercada de encantadores jardins, morava uma velha hindu carola, imbecil e muito pobre.
— Quem me dera não ter nascido! – disse-me um dia o brâmane. Perguntei-lhe por quê. – Há quarenta anos que estudo – respondeu-me – e são quarenta anos perdidos: ensino aos outros, e ignoro tudo; esse estado me enche a alma de tal humilhação e desgosto, que me torna a vida insuportável. Nasci, vivo no tempo, e não sei o que é o tempo; acho-me num ponto entre duas eternidades, como dizem os nossos sábios, e não tenho a mínima idéia da eternidade. Sou composto de matéria, penso, e nunca pude saber por que coisa é produzido o pensamento; ignoro se o meu entendimento é em mim uma simples faculdade, como a de marchar, de digerir, e se penso com a minha cabeça como seguro com as minhas mãos. Não só o princípio de meu pensamento me é desconhecido, mas também o princípio de meus movimentos: não sei por que existo. No entanto, cada dia me fazem perguntas sobre todos esses pontos; é preciso responder; nada tenho que preste para lhes comunicar; falo bastante, e fico confuso e envergonhado de mim mesmo após haver falado.
O pior é quando me perguntam se Brama foi produzido por Vixnu, ou se ambos são eternos. Deus é testemunha de que nada sei a respeito, o que bem se vê pelas minhas respostas. “Ah! meu reverendo – imploram-me, – dizei-me como é que o mal inunda toda a terra”. Sinto-me nas mesmas dificuldades que aqueles que me fazem tal pergunta: digo-lhes algumas vezes que tudo vai o melhor possível; mas aqueles que ficaram arruinados ou mutilados na guerra não acreditam nisso, nem eu tampouco: retiro-me acabrunhado da sua curiosidade e da. minha ignorância. Vou consultar nossos antigos livros, e estes duplicam as minhas trevas. Vou consultar meus companheiros: respondem-me uns que o essencial é gozar a vida e zombar dos homens; outros julgam saber alguma coisa, e perdem-se em divagações; tudo concorre para aumentar o doloroso sentimento que me domina. Sinto-me às vezes à borda do desespero, quando penso que, após todas as minhas pesquisas, não sei nem de onde venho, nem o que sou, nem para onde vou, nem o que me tornarei”
O estado desse excelente homem me causou verdadeira pena: ninguém tinha mais senso e boa-fé. Compreendi que, quanto mais luzes havia no seu entendimento a mais sensibilidade no seu coração, mais infeliz era ele.
Vi, no mesmo dia, a velha sua vizinha: perguntei-lhe se alguma vez se afligira por saber como era a sua alma. Nem chegou a entender minha pergunta: nunca na sua vida refletira um memento sobre um só dos pontos que atormentavam o brâmane; acreditava de todo o coração nas metamorfoses de Vixnu e, desde que algumas vezes pudesse conseguir água do Ganges para se lavar, julgava-se a mais feliz das mulheres.
Impressionado com a felicidade daquela pobre criatura, voltei a meu filósofo e disse-lhe:
— Não te envergonhas de ser infeliz, quando mora à tua porta um velho autômato que não pensa em nada e vive contente?
— Tens razão – respondeu-me ele; – mil vezes disse comigo que seria feliz se fosse tão tolo como a minha vizinha, e no entanto não desejaria tal felicidade.
Essa resposta me causou maior impressão que tudo o mais; consultei minha consciência e vi que na verdade também não desejaria ser feliz sob a condição de ser imbecil.
Expus a questão a filósofos, e eles foram da minha opinião. “No entanto – dizia eu, – há uma terrível contradição nessa maneira de pensar”. Pois de que se trata, afinal? De ser feliz. Que importa, pois, ter espírito ou ser tolo? Mais ainda: aqueles que estão contentes consigo estão bem certos de estar contentes; mas aqueles que raciocinam não se acham tão certos de bem raciocinar. “É claro – dizia eu – que se deveria preferir não ter senso-comum, uma vez que este contribua, o mínimo que seja, para o nosso mal-estar.” Todos foram de minha opinião, e todavia não encontrei ninguém que quisesse aceitar o pacto de se tornar imbecil para andar contente. Donde concluí que, se muito nos importamos com a ventura, mais ainda nos importamos com a razão.
Mas, refletindo bem, parece uma insensatez preferir a razão à felicidade. Como se explica, pois, tal contradição? Como todas as outras. Aí há muito de que falar.

 
posted by Chando, Lucas at 7:43 PM | Permalink |
domingo, setembro 04, 2005
Reforma ortográfica.
Eis aqui um programa de cinco anos para resolver o problema da falta de autoconfiança do brasileiro na sua capacidade gramatical e ortográfica. Em vez de melhorar o ensino, vamos facilitar as coisas, afinal, o português é difícil demais mesmo. Para não assustar os poucos que sabem escrever, nem deixar mais confusos os que ainda tentam acertar, faremos tudo de forma gradual.


No primeiro ano, o “Ç” vai substituir o “S” e o “C” sibilantes, e o “Z” o “S” suave. Peçoas que açeçam a internet com freqüênçia vão adorar, prinçipalmente os adoleçentes. O “C” duro e o “QU” em que o “U” não é pronunçiado çerão trokados pelo “K”, já ke o çom é ekivalente. Iço deve akabar kom a konfuzão, e os teklados de komputador terão uma tekla a menos, olha çó ke koiza prátika e ekonômika.

Haverá um aumento do entuziasmo por parte do públiko no çegundo ano, kuando o problemátiko “H” mudo e todos os acentos, inkluzive o til, seraum eliminados. O “CH” çera çimplifikado para “X” e o “LH” pra “LI” ke da no mesmo e e mais façil. Iço fara kom ke palavras como “onra” fikem 20% mais kurtas e akabara kom o problema de çaber komo çe eskreve xuxu, xa e xatiçe. Da mesma forma, o “G” ço çera uzado kuando o çom for komo em “gordo”, e çem o “U” porke naum çera preçizo, ja ke kuando o çom for igual ao de "G" em “tigela”, uza-çe o “J” pra façilitar ainda mais a vida da jente.

No terçeiro ano, a açeitaçaum publika da nova ortografia devera atinjir o estajio em ke mudanças mais komplikadas serão poçiveis. O governo vai enkorajar a remoçaum de letras dobradas que alem de desneçeçarias çempre foraum um problema terivel para as peçoas, que akabam fikando kom teror de soletrar. Alem diço, todos konkordaum ke os çinais de pontuaçaum komo virgulas dois pontos kraze aspas e traveçaum tambem çaum difíçeis de uzar e preçizam kair e olia falando çerio já vaum tarde.

No kuarto ano todas as peçoas já çeraum reçeptivas a koizas komo a eliminaçaum do plural nos adjetivo e nos substantivo e a unificaçaum do U nas palavra toda ke termina kom L como fuziu xakau ou kriminau ja ke afinau a jente fala tudo iguau e açim fika mais faciu. Os karioka talvez naum gostem de akabar com os plurau porke eles gosta de eskrever xxx nos finau das palavra mas vaum akabar entendendo. Os paulista vaum adorar. Os goiano vaum kerer aproveitar pra akabar com o D nos jerundio mas ai tambem ja e eskuliambaçaum.

No kinto ano akaba a ipokrizia de çe kolokar R no finau dakelas palavra no infinitivo ja ke ningem fala mesmo e tambem U ou I no meio das palavra ke ningem pronunçia komo por exemplo roba toca e enjenhero e de uzar O ou E em palavra ke todo mundo pronunçia como U ou I, i ai im vez di çi iskreve pur ezemplu kem ker falar kom ele vamu iskreve kem ke fala kum eli ki e muito milio çertu ? os çinau di interogaçaum i di isklamaçaum kontinuam pra jente çabe kuandu algem ta fazendu uma pergunta ou ta isclamandu ou gritandu kom a jenti e o pontu pra jenti sabe kuandu a fraze akabo.

Naum vai te mais problema ningem vai te mais eça barera pra çua açençaum çoçiau e çegurança pçikolojika todu mundu vai iskreve sempre çertu i çi intende muitu melio i di forma mais façiu e finaumenti todu mundu no Braziu vai çabe iskreve direitu ate us jornalista us publiçitario us blogeru us adivogado us eskrito i ate us politiko i u prezidenti olia ço ki maravilia.


Criado e postado originalmente em: Cyn City

 
posted by Chando, Lucas at 2:09 AM | Permalink |
sábado, setembro 03, 2005
Poesia concreta? Discreta?


Bzzz Bzzz Bzzz

Isso é o cérebro assimilando

Ou um celular vibrando

Um disco rígido girando
 
posted by Chando, Lucas at 12:17 PM | Permalink |
quinta-feira, setembro 01, 2005
Se eu te disser...

Que uma criança de quatro anos é mais filósofa que tu, tu pode achar que é brincadeira...

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-Mãe, eu queria ter nascido cavalo.
-Mas porque minha filha?
-Porque eu sou gente, ai eu vou morrer.
-Mas filha, cavalo também morre.
-É, mas daí eu não ia saber...


-

Do poema seguinte
Eu, sinceramente, não gostei.
Mas taí, é o meu guri...
da série "poemas feitos no ônibus":

-


Ó bonito triste
Que te fazes assim tão bonito?
É a tristeza estampada na face,
Ou o coração aflito?
Ó triste bonito
Porque assim tão triste te fazes?
É tão só esse teu espírito
Que ignoras meus acenares?

 
posted by Chando, Lucas at 2:57 PM | Permalink |