Na minha última passada por SP eu procurava um presente para a sofia, minha irmãzinha, e eu comprei um poster da Cinderela(que ela chama de Tetela). Mas não era assim que eu ia terminar essa frase. Enfim, eu acabei me deparando com um livro com uma bruxa na capa, cujo o título dizia "Maligna - Para os que amam ou odeiam o mágico de OZ" (título original: "
Wicked: The Life and Times of the Wicked Witch of the West"). Nunca tendo visto o mágico de OZ na minha vida(ou lido os livros), comprei o livro intrigado. Comecei a lê-lo devagarinho, saboreando e com com preguiça, acabei deixando-o de lado um tempo, lendo umas págidas de quando em vez.
Até ontem. Estava um pouco antes da matade do livro, quando vi o filme do mágico de Oz pela primeira vez, emprestado de uma amiga. Filme gostosinho até, bem bobinho. Mas enfim, corri para a cama e li o livro a tarde toda, até acabá-lo por complete. E tenho que dizer: é fantástico.
Em retrospectiva, não se parace muito com um livro inanto-juvenil, embora seja essa a prateleira em que ele pode ser encontrado nas livrarias. Em contraste com o filme, pode-se dizer que a Bruxa do Oeste é a única personagem verdadeiramente boa, ou ao menos sensata, no mundo de OZ. E Ela é sexy também! Se eu tivesse que eleger uma personagem de ficção com a qual eu teria um caso, não seria qualquer Princesa Léia da vida. Eu transaria com Elphaba, a Bruxa Malvada do Oeste.
O livro conta tudo, desde o nascimento da Elphaba verde e com dentes afiados quando bebê, até a morte trágica dela nas mãos de Dorothy. Não, o livro não faz de Dorothy uma vilã, nada disso. Ela é a mesma garotinha boba e ingênua do filme, inocente como uma criança. E se você já se perguntou como a bruxa tomava banho se era aversa a água? Com óleos, veja só! Não vou entregar o livro todo de bandeja, pois ele é cheio de surpresas e muito gostoso de ler. Mas não vá esperando por uma OZ cheia de maravilhas e pessoas amorosas. Oz é uma terra de crises políticas. Onde uma monarquia cai para um governo totalitário de um mago, onde uma Animas falam e trabalham e querem ser tratados como iguais, onde o conflito entre o bem e o mal muitas vezes não existe, com um mal tão soberano e um bem tão ínfimo que não se sabe se ele realmente está lá. O livro faz você realmente se apaixonar por Elphaba em sua história, e vale a pena ser lido. E vale a pena ver o filme logo em siguida também, olhando o mundo de OZ com um olhar totalmente novo.